terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

Karl Marx e o Capitalismo

Tá aí um texto que não é de minha total autoria, mas é de minha completa orientação, feito por pessoas que não são e nem estão estudando para serem sociólogos, mas como a sociologia é uma ciência inerente de todo ser humano como estudioso de si mesmo enquanto um ser social... Então tá valendo.

Entender a sociedade contemporânea em suas relações sociais de grupos produtivos é uma das razões para estudar Karl Marx e ver como ele tratou o mundo que estava, naquele momento, sofrendo uma transformação nunca antes vista e com um dinamismo que viria a influenciar toda a sociedade, inicialmente no aspecto político e mais tarde, na perspectiva cultural. Marx criticou a estrutura social Capitalista, os modos de produção, as classes existentes e o próprio sistema econômico da sociedade em que ele estava inserido e como as relações entre o proletariado e os detentores dos meios de produção eram injustas e alienantes.


Mas o que é o Capitalismo? Está aqui um conceito muito bom:

Um processo ininterrupto de produção em massa, geração de lucro e acúmulo de capital. Nesse sistema, a produção e a distribuição de riquezas são regidas pelo mercado, no qual, em tese, os preços são determinados pelo livre jogo da oferta e da procura, pressupondo que essas variáveis por si só se equilibrariam. O capitalista compra a força de trabalho de terceiros para produzir bens, que após serem vendidos, lhe permitem recuperar o capital investido e obter um excedente denominado lucro.


No Entanto, Marx propôs um alternativa para substituir o capitalismo. O sistema capitalista não garante meios de subsistência a todos os membros da sociedade, pelo contrário, é condição do sistema a existência de uma massa e trabalhadores desempregados, que Marx chamou de “Exército industrial de reserva”, pelo fato de existir uma concorrência, mão-de-obra barata e de não haver um emprego garantido e nem leis trabalhistas por parte do Estado, já que este é liberal. E graças a esses fatores Marx afirmou que o Capitalismo é selvagem, disputado, tem mão-de-obra barata e funciona por meio de alienação.


Aqui entra textos de minha autoria em que eu destaco as formas de alienações existentes no capitalismo, embasados no próprio Marx, mas também no livro "O que é ideologia" da coleção primeiros passos:

Especialização

Com a produção padronizada e em larga escala, torna-se necessário a divisão de funções entre todos que fazem parte do processo produtivo para se ter um maior dinamismo e uma qualidade constante no produto final. A longo prazo, a repetição de uma função pode alienar o profissional e torná-lo incapaz de desempenhar qualquer outra atividade justamente por já estar condicionado a algo tão específico que o empregado passa a acreditar que só pode desempenhar um único papel. Isso o faz fechar a cabeça para qualquer outro cargo que lhe seja conferido e até mesmo em seus momentos de lazer, ele fará algo semelhante ao que faz em sua vida profissional.


Salário e Carga horária

Diante de um Estado liberal, os trabalhadores se viam nas maiores adversidades possíveis: pouca segurança no ambiente de trabalho, jornadas longas e desgastantes e um salário insignificante que mal garantia a sobrevivência do operário. Com a necessidade extrema de sobreviver e a pouca demanda de empregos, o trabalhador que conseguisse se empregar, submetia-se a essas condições sem questionar se eram injustas ou não, até mesmo porque uma reflexão pressupõe que o assunto seja abordado de mais de uma perspectiva, coisa que não era possível para o assalariado.


Expropriação do bem produzido

Enquanto as alienações promovidas pela especialização, pelo salário e pela carga horária assumem aspectos econômicos e políticos, esta próxima é o que pode se chamar de alienação filosófica. Antes da produção especializada, predominava o método artesanal de produção em que o trabalhador participava de todos as etapas, adicionando parte de sua própria identidade no bem produzido. No capitalismo, isso inexiste, já que o trabalhador participa apenas de uma parte do processo, interagindo com peças prontas e que representam apenas uma parte do bem final.


Fetiche da Mercadoria

Ocorre quando visualizamos apenas o bem final pronto e não consideramos todas as suas etapas de produção, ou seja, consideramos que apenas o bem final tem valor e esse valor é dele por si só, quando na verdade existe o valor agregado desde a matéria-prima até a mão-de-obra empregada na produção.


Agora uma conclusão, um tanto simplista e pouco abrangente, é verdade, mas se formos falar de Marx como ele merece, o server do blogger não aguenta.

Marx não imaginou que o Capitalismo chegaria ao ponto de se tornar necessário a criação de políticas sociais, pois a população estava tão empobrecida que qualquer sistema econômico seria insustentável, principalmente se esse sistema tiver por pressuposto básico o consumismo, caso contrário, não há sentido em se produzir excedentes e buscar lucro.
Ele também não imaginou o avanço tecnológico vencendo as barreiras do espaço e do tempo e dinamizando ainda mais as relações do homem com ele mesmo e com a natureza. No mundo globalizado, países se organizaram em blocos econômicos e já se fala de novas formas de desenvolvimento, devido à grande exploração da natureza graças às ambições capitalistas do mundo globalizado, que nada mais do que um mundo tomado pelo capitalismo.
Muitos se perguntam: “As teorias de Marx são válidas até hoje?”. E a resposta é mais simples do que parece, apesar de não ser tão óbvia assim: Enquanto houver luta de classes devido à desigualdade gerada por fatores econômicos e/ou sociais será necessário lembrar que “A história da humanidade é a história da luta de classes”.



Só pra deixar claro: eu apoio o desenvolvimento sustentável, e já pensava assim antes de alguém chegar com essa nomenclatura específica, não é a toa que eu faço contabilidade (entenda-se, um dos princípios contábeis é ter uma visão conservadora, para que fatos indesejáveis não venham acabar com toda a perspectiva de futuro).

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

Quem vê cara... vê cara.


Um texto que escrevi há muito tempo atrás quando tava de bobeira, infelizmente perdi o arquivo original, mas achei a folha dele aqui comigo e dei uma scanneada, confiram aí
hum...

domingo, 25 de fevereiro de 2007

Intro

Iniciando esta puerra, ainda não sei o que farei aqui, mas muito provavelmente servirá para viagens filosóficas... ou falar de música, ou até mesmo, fazer algumas análises contábeis, quem sabe ;)